SABIA(Sociedade dos Amigos da Biblioteca Municipal Profa Maria Lira)/TEORIAS EDUCACIONAIS -A Economia Comportamental da Educação na Fundamentação da Política Educacional
A SABIA consciente que o acelerado progresso tecnológico aumenta a necessidade de novas competências, ao tempo em que constata a precaridade do nosso sistema de ensino e, em decorrência da capacitação da nossa força de trabalho tanto nas habilidades cognitivas como nas não cognitivas (ou socioemocionais
Diante dos desafios postos por essas duas questões, a SABIA visa establecer um forum de reflexão sobre de como obter e instrumentalizar novos conhecimento que fundamente políticas que incentive (empurrem suavemente) os jovens no processo de habilitação técnica e emocional que lhe permita tomar melhores decisões no que diz respeito não só aos seus percursos educacionais, mas princiaplmente nos seus itinerários formativos.
Do ponto de vista acadêmico, essas observações sublinham a importância de compreender até que ponto de barreiras comportamentais que influenciam a tomada de decisão. Essas barreiras incluem problemas de autocontrole (ou seja, o
incapacidade de controlar emoções e comportamento ao enfrentar tentações e impulsos), aversão à perda social,
preferências ecrenças tendenciosas, viés padrão (ou seja, a tendência das pessoas de se manterem no padrão ou status quo
opção), bem como limitações cognitivas e de atenção, as quais podem ser
particularmente relevante para decisões educacionais.
Por exemplo, problemas de autocontrole podem ser especialmente
pronunciado para crianças e adolescentes e, assim, explicar por que alguns alunos não estudam adequadamente ou
abandone a educação muito cedo.
Quando a tomada de decisão é influenciada por barreiras comportamentais, levanta-se a questão de saber se comportamentalmente
intervenções motivadas, como empurrões, podem ser usadas para reduzir as taxas de abandono de decisões educacionais míopes. Recentemente, tem havido um interesse crescente em políticas de incentivo entre os profissionais e
acadêmicos, em parte porque os empurrões costumam envolver baixos custos de implementação. No entanto, alguns argumentaram
que cutucadas podem influenciar as pessoas a tomarem decisões que não são do seu interesse e que a longo prazo
o, a s efeitos podem não ser positivos.
Em função disso, nesta nota chamo atenção para as possibilidades em latência nos novos mecanismos de incentivos justificados e operados pelos praticantes da dita Economia Comportamental, nos mais diversos campos, inclusive no educational, através do uso de cutucadas, empurrões e outros comportamentos motivacionais
E é com este propósito que chamo atenção para três artigos: i) Lavecchia, Liu e Oreopoulos (2016) focam em intervenções de campo que podem ajudar; pais e jovens a aproveitar ao máximo as oportunidades educacionais, abordando um conjunto de desafios comportamentais específicos;
ii) Koch, Nafziger e Nielsen (2015) discutem como as abordagens da economia comportamental podem auxiliar na compreensão da complexidade dos investimentos e resultados educacionais;
iii) ressaltam a importância das pesquisas emergentes que empregam intervenções de campo que funcionam por meio de cutucadas, as quais julga relevantes porque alteram o comportamento das pessoas de uma forma previsível, mas sem proibir quaisquer opções ou alterar significativamente seus incentivos econômicos, articulado em torno de processo de disponibilização da informação: i) lembretes, ii) facilidades de acesso e iii) enquadramento (framing) das informações.
REFERÊNCIAS
DAMGAARD, Mette Trier., & NIELSEN, Helena Skyt., 2017. The use of nudges an d other behavioural approaches in education. EENEE Analytical Report Prepared for the European Commission, 2017
KOCH, A., NAFZIGER,, J. & NIELSEN, H. S., 2015. Behavioral economics of education. Journal of Economic Behavior and Organiztion, Volume 115, pp. 3–17.
LEVECCHIA, A. M., LUI, H. & OREOPOULOS, P., 2016. Behavioral economics of education: Progress and possibilities. In: E. A. Hanushek, S. Machin & L. Woessmann, eds. Handbook of the Economics of Education Vol. 5. s.l.:Elsevier, pp. 1–74