PÓS-TRABALHISMO E O CRONY CAPITALISM — Ihering Guedes Alcoforado
O Pós-trabalhismo propõe uma política econômica que diferencia da adotada pelo neoliberalismo e pelo progressivismo. Nesta nota ressalto sua diferença com relação ao trtamento do crony capitalism, cuja caracteristica é a concepão de políticas públicas cujos custos são socializados por meio do tezouro nacional e os beneficios são focados em alguns grupos econômicos aliados.
Um exemplo emblemática da manifestação de uma politica concebida na lógica do crony capitalism no âmbito do pogressivismo brasileiro foi a promovida pelo lulo-petismo com a promoção das campeães nacionais cujo simbolo maior foram a JBS, a ODEBRECTH e Grupo X (Eike batista) todas irrigadas com recursos do Tezouro Nacional via BNDES.
O “êxito” de tal política pode ser aferido com a potencialização da JBS e da ODEBRECHT, o que resultou em duas consequências relevantes: uma econômica e outra política. No caso da JBS a consequência econômica do seu êxito levou a dolarização da carne que, com a atual desvalorização da nossa moeda, levou ao sumiçõ de tal alimento da dieta de milhões de brasileiro, enquanto que a conseqüência politica foi a montagem de uma estratégia de financiamento de campanhas (nos diversos partidos) ampliando o escopo da sua influência sob as duas candidaturas na eleição de Dilma vs. Aércio que fechou o ciclo do lulopetismo.
Enquanto que no caso da ODEBRECHT o seu êxito econômico foi associados a mobilização de recursos de tezouro nacional teve como consequencia econômica a maior presença do governo brasileiro nos governos alinhados com o luloetismo, em detrimento a uma menor presença no brasil. O foco principal dessa campeã nacional foi mobilizar recursos do tezouro nacional para a implantação de infra-estrutura econômica (portos, hidroelétricas) e política (finaciamento de campanha) de aliados políticos do lulopetismo) na América Latina e na Africa, relevando as carências evidentes de tais infra-estruturas no Brasil.
Mas, a instrumentalização dos principios do crony capitalism não é exclusivo do progressivismo expresso pelo lulo-petismo, ele também é mobilizado pelo neoliberalismo promovido pelo tucanato e radicalizado pelo bolsonalismo. a diferença é apenas na forma, dado que o neoliberalismo em vez de recorrer as capães nacionais, contribui na institucionalização do crony capitalism por mei das agência reguladoras, as quais operam não na defesa dos consumidores, mas na proteção dos regulados. As evidências de tal orientação das agências reguladoras é amplamente registrada na literatura associada a Escola da Escolha Pública que chamou atenção que tais agências não operam no interesse público, mas na ótica de interesses específicos, a ponto de já se dispor a década de uma Teoria da Captura Regulatória suficientemente robusta, a ponto de justificar o reconhecimento do seu autor com um Prêmio Nobel de Economia: George Joseph Stigler.[SHHGART II, 2019; STIGLER, 1971,1975]
Diante desta convergência dos progressistas e dos neoliberais com relação ao crony capitalismo, o Pós-tabalhismo apresenta uma alternativa inspirada na Economia social de mercado e no Velho Trabalhismo, Do primeiro busco inspiração no legado normativo extraído da nossa tradição judaica-cristã. Enquanto que no nosso Velho trabalhismo também insights normativos, tendo em vista que ele também se ancorou nos valores expresso da doutrina social da igreja que, então emanava da Rerun Novarum, emoldurando-os no nacionalismo desenvolvimentista que foi operado politicamente por meio do populismo, o qual é concebido pelo Pós-trabalhismo n no sentido dado a tal política política por Erneto Laclau.
REFERÊNCIAS
SHHGHART II, William F., & THOMAS, Diana W.., Interest Groups and Regulatory Capture IN CONGLETON, Roger D., GROFMAN, Bernard & VOIGHT Stefan., (eds.) The Oxford Handbook of Public Choice. v. I Oxford: Oxford University Press, 2019
STIGLER, George. 1971 The Theory of Economic Regulation in The Bell Journal of Economics and Management Science, Vol. 2, №1
STIGLER, George., The Citizen and the State: Essays on Regulation. Chicago: Chicago University Press, 1975