La Sangre y la Lluvia (Jorge Novas, 2010)
IHERING GUEDES ALCOFORADO
O Filme La Sangre y la Lluvia (2010) de Jorge Navas proporciona um encontro com o vazio contemporâneo sintetizado numa noite de (des)encontros de Angela (Glória Montoya) e Jorge (Quique Mendoza). Aquele vazio recorrente nos filmes de Wim Wenders preenchido por droga e violência.
O filme evidencia duas epidemias que, magnificadas pelo vazio e a consequente ausência de sentido do existir, assolam o tempo presente. Uma epidemia é de natureza existencial e manifesta a nível do sujeito por meio da solidão e, e que tem no personagem de Ângela uma expressão simbólica emblemática.. A outra epidemia é de natureza social e se revela no plano do social por meio da difusão da violência urbana que articula as “instituições’ que os (sobre)viventes da crise existencial que avança nos rastros das drogas e das relações efêmeras, em especial as prostituídas.
Enfim, um filme que fincado na realidade colombiana, toca o universal.