No artigo de Trade War or Not, China Risks a ‘Minsky Moment’: Putting Trump’s tariffs in perspective publicado na AlterNet, em 05 de abril 2018, Marshal Auerback busca posicionar e justificar os recentes movimentos do governo americano numa tentativa de enquadramento da China, configurando uma compreensão alternativa a de Paul Krugman, por exemplo que procura desconstruir o problema tendo como foco o questionamento do deficit da balança comercial do Estados Unidos com a China. [KRUGMAN, 2018]
A tese é que existe um problema e que consiste na insistência da China exportar sua deflação para o mundo, mas paradoxalmente não debita a baixa taxa de juros o excesso de investimentos na economia chinesa, mas ao seu modelo econômico composto de mix de orientações nossas velhas conhecidas.
De um lado, o legado da velha economia planificada que assegura a sobrevivência empresas estatais, um conjunto de elefantes brancos que corresponde a um terço do produto bruto. Do outro lado, o modelo asiático, e seu dirigismo no restante da economia não estatal, configurando uma variante do velho modelo administrativo do MITI japonês no qual o governo estabelece as metas configurando um capitalismo dirigido pelo Estado. E no meio, disso uma política de promoção das ditas “campeãs nacionais” focadas em setores, até então dominados pelos Estados Unidos que busca expandir suas exportações para a China.
O resultado é uma economia vulnerável economicamente, e com grande agressividade comercial que exporta suas pressões deflacionárias para o mundo, enquanto que o efeito é a reação americana.
BIBLIOGRAFIA
AUERBACK, Marshal. (2018) Trade War or Not, China Risks a ‘Minsky Moment’: Putting Trump’s tariffs in perspective. IN AlterNet