A NEW CINEPHILIA AND THE REPRESENTATIONAL JUSTICE (Ihering Guedes Alcoforado)

A cinefilia está passando por alterações estruturais profunda, a ponto de se anunciar a configuração de uma nova cinefilia, a qual se caracteriza por uma multiplicidade não só de diversidade de vozes, mas de mundos vividos narrados, de forma que se pode inferir como seu telos uma justiça representacional.

Um outro aspecto é relacionado ao prazer cinéfilo, um elemento central na diferenciação e entre a velha e nova cinefilia: a primeira é predominantemente estética, enquanto o prazer na nova cinefilia vai além do eminentemente estético, ao incorporar uma curiosidade profunda sobre o mundo, alem de um engajamento crítico com o mesmo. Ou seja, a nova cinefilia tem como premissa que o cinema nos ensina sobre o mundo humano e não humano de uma forma nova e eficaz, e, concebe portanto o cinema uma janela de oportunidade de ativismo cultural.

Por fim, outra característica marcante da nova cinefilia é a instabilidade dos julgamentos de valor das obras, adotando além dos valores estéticos inerente a obra, os critérios ideológicos, o que leva ao questionamento estritamente autoral, a exemplo do que acontece com Roman Polanski, o que abre espaço para um questionamento da própria nova cinefilia.

BIBLIOGRAFIA

Shambu, G. (2019). For a New Cinephilia. Film Quarterly, 72(3), 32–34. doi:10.1525/fq.2019.72.3.32